Reflexão Apostólica:
Primeiramente, o lugar da comunidade não deve ser situado no “centro”, entendendo-se como centro o lugar onde tudo já está dito, onde não há lugar para o amor, para a generosidade, para a partilha. A comunidade de Jesus deve estar na periferia como lugar teológico, âmbito mais propício para o encontro com ele e com o projeto do Pai.
Em segundo lugar, o modo de viver e o modo de proceder da comunidade devem ser a partilha e a prática da generosidade, sempre com Jesus no centro. É a ele que a comunidade serve, e em torno dele é que ela se reúne; para escutá-lo, para atendê-lo e para entregar-se a ele com tudo o que é e tem.
Jesus amava Lázaro, Marta e Maria. Ele volta a Betânia seis dias antes da Páscoa: “Jesus visita de novo os Seus amigos de Betânia. Comove ver como o Senhor tem esta amizade, tão divina e tão humana, que se manifesta num convívio freqüente”.
Jesus participa de uma refeição em Betânia com uma família à qual o unia um grande afeto. Lázaro a quem Jesus havia ressuscitado, corre perigo, porque por sua causa o povo passa a acreditar ainda mais em Jesus.
Nosso Salvador chegará à sua morte acompanhado silenciosamente pela gente humilde que tinha sido testemunha de seu amor. Por isso os evangelhos não deixam de ir recolhendo os testemunhos deste amor simples do povo que, quando quer de verdade, vai mais além de todo preconceito.
Jesus, ainda em vida, se sente ungido para a morte, porque o amor supera o tempo e o espaço. Diante da inexorável morte que lhe reservam os inimigos de sua doutrina, alegrava-o os testemunhos de amor simples com que o povo, representado desta vez por Maria, se unia silenciosamente a seu projeto.
A mesma Maria que antes já havia sentado aos pés do Mestre e que também vira seu irmão Lázaro ser ressuscitado por Jesus, nos dá, agora, uma demonstração de amor e gratidão.